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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

RICARDO RODRIGUES JESUS
( Brasil – RIO DE JANEIRO )

 

Ricardo Rodrigues Jesus é natural do Rio de Janeiro – RJ (1976), embora sua família seja do Rio Grande do Sul. Reside desde os cinco anos de idade em Porto Alegre.
Considera-se um “exilado”, dadas as diferenças entre o Rio dos tempos de outrora e o Rio dos tempos difíceis da atualidade.
Cursou Música no Instituto de Artes da UFRGS, sem, no entanto, concluir o curso, de Lic. /Bach, em Piano.
Continuou seus estudos de música em aulas particulares de violão e violino, tendo colegas de faculdade como professores. Diz sempre que abandonou “o curso não a música”, sendo frequentador assíduo de recitais, concertos e masterclasses na capital do RS. Encontrou na Literatura uma forma de direcionar suas energias musicais armazenadas por conta do abandono do curso. Faz Direito na PUC, também como forma de alimentar sua poesia de significado, substância e engajamento social. Não pretende ainda, publicar seu próprio livro de poesias, sem antes dar continuidade às suas participações nos concursos literários da Secretaria de Cultura de Porto Alegre e em obras coletivas da magnitude deste “Poetas pela Paz / 2010.

BERNY, Rossyr, org.   Poetas pela Paz e Justiça Social.  Coletânea Literária. Vol. II. Porto Alegre: Alcance, 2010. 208 p.    ISBN 978-85-7592-098-5  
Ex. biblioteca de Antonio Miranda – doação do amigo (livreiro) Brito – DF.     No. 10 249
Importante: existem mais poemas do que os apresentamos aqui, neste livro tão bem apresentado, vale a pena conferir...
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA.


             
Consulta médica

                     
Dedicado à Juliana Cupini

                
O Brasil vai ao médico
             buscar orientação vocacional
             com um renomado profissional:

             Pergunte ao trovador, doutor,
             como se mede a dor...
             Que ele não vai responder
             com o mau humor do doutor!
             Discordo do Senhor, doutor!
             O doutor disse que eu não tenho nada.
             E me mandou voltar p´ra casa
             e descansar e ficar em silêncio.

             Não sabe o doutor nem metade
             de toda a minha dor!
             É que o doutor nunca teve
             um segundo de vida sem cor!
             O fim do arco íris
             é no telhado de vidro da casa do doutor!

             O doutor administra um banco de sangue,
             mas doar sangue o doutor nunca doou!
             Se o mundo realmente
             precisasse do silêncio
             que o doutor recomendou,
             o menino da ladeira lá de casa
             não ia troca o fuzil por violino,
             nem parar de produzir
             o tal silêncio que foi sua prescrição!

             Minha dor de ouvido,
             do estampido do tambor,
             piorou depois de ouvir
             o ruído indecifrável
             da fala mansa do doutor!
             Quanta  discrição!
             Não vou perder minha audição
             por culpa do doutor,
             pois, não perdi minha capacidade
             de ouvir um coração,
             ao contrário do doutor!

             Capitão Gancho é ancião!
             Sancho Pança vive em mansão!
             O tal capitão tem um gancho
             no lugar da mão.

             Mas o que tem o doutor,
             no lugar do coração?
             Vade retro, doutor.
             O doutor não pode ser um bom
                                        [entendedor:
             meia palavra em geral basta!

             Mas a letra do doutor é um borrão!
             Mas a escrita do doutor sé um horror!
             Vide bíblia, doutor!
             Vide bíblia, doutor!

            
              Dignidade

                       
(Reciclagem de papéis sociais)

                    
A fidelidade conjugal
              da esposa do catador de embalagens
              é inversamente proporcional
              à felicidade
              da colecionadora de presentes.

              A felicidade
              da esposa do catador de embalagens
              é inversamente proporcional
              à fidelidade conjugal
              da colecionadora de presentes.

              De passados e futuros
              da Bolsa de Mercadorias e Futuros,
              o inferno está cheio...


               Amor manifesto (às árvores)

              
Séculos de seca,
               em cada longínquo planeta,
               e  ignoramos que não há o que colher.
               A chave é ensinar a semear.

               A cada corte, teremos
               menos um dia, um dia a menos
               sob o indecifrável fascínio
               de tua alegria, fêmea.

              
               Carta a Bizâncio

              
Silvícolas do árido,
               servos dedicados de longas tiranias,
               ignoram que toque de celular
               e hinos seguirão a cantar.

               De Neda, a plenos pulmões,
               a Carta navega (no ar).
               Mais uma dor, menos dinares.

                Sê amável no escrutínio
                de tua sangria, Alma. 

*
Veja e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal:
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Página publicada em maio de 2025.              

 

 

 
 
 
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